sábado, 30 de junho de 2012

Escritores da Liberdade – O filme


                                  “ESCRITORES DA LIBERDADE”:
                                          
breves considerações 
        O filme “Escritores da Liberdade” (Freedom Writers, EUA, 2007) aborda, de uma forma comovente e instigante, o desafio da educação em um contexto social problemático e violento. Tal filme se inicia com uma jovem professora, Erin (interpretada por Hilary Swank), que entra como novata em uma instituição de “ensino médio”, a fim de lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de adolescentes considerados “turbulentos”, inclusive envolvidos com gangues.
          Ao perceber os grandes problemas enfrentados por tais estudantes, a professora Erin resolve adotar novos métodos de ensino, ainda que sem a concordância da diretora do colégio. Para isso, a educadora entregou aos seus alunos um caderno para que escrevessem, diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos até problemas familiares. Ademais, a professora indicou a leitura de diferentes obras sobre episódios cruciais da humanidade, como o célebre livro “O Diário de Anne Frank”, com o objetivo de que os alunos percebessem a necessidade de tolerância mútua, sem a qual muitas barbáries ocorreram e ainda podem se perpetrar.
        Com o passar do tempo, os alunos vão se engajando em seus escritos nos diários e, trocando experiências de vida, passam a conviver de forma mais tolerante, superando entraves em suas próprias rotinas. Assim, eles reuniram seus diários em um livro, que foi publicado nos Estados Unidos em 1999, após uma série de dificuldades. É claro que projetos inovadores como esse, em se tratando de estabelecimentos de ensino com poucos recursos, enfrentam diversos obstáculos, desde a burocracia até a resistência aos novos paradigmas pedagógicos. Em países como o  Brasil, então, as dificuldades são imensas, mas superáveis, se houver engajamento e esforços próprios.
             Nesse sentido, o filme “Escritores da Liberdade” merece ser visto como apreço, sobretudo pela sua ênfase no papel da educação como mecanismo de transformações individuais e comunitárias. Com essas considerações, vê-se que a educação, como já ressaltaram grandes educadores da estirpe de Paulo Freire, tem um papel indispensável no implemento de novas realidades sociais, a partir da conscientização de cada ser humano como artífice de possíveis avanços em sua própria vida e, principalmente, em sua comunidade. 
Escritores da liberdadeResumoEste filme é baseado em fatos reais e conta a história da professora Erin Gruwell ao começar a lecionar a turma 203 do 2º grau no Colégio Wilson. Após sua primeira aula, Erin percebe que a educação naquela escola não era como ela tinha imaginado.Sua turma, assim como toda a escola, é heterogênea, dividida em gangues e etnias, ocorrendo, então, muitas desavenças e brigas violentas. Mesmo um pouco decepcionada ao descobrir o desinteresse dos alunos pela aula, ela não desiste de tentar superar as barreiras ali encontradas. A professora G, como também era chamada pelos alunos, começa a utilizar características comuns às vidas deles para lhes ensinar a matéria, fazendo com que eles se interessem um pouco mais. Também faz algumas atividades que acabam tocando suas consciências.Um dos projetos de Erin era que seus alunos lessem “O Diário de Anne Frank” e que, após a leitura, fizessem seu próprio diário, contando tudo que quisessem: seus sentimentos, pensamentos, o que já havia se passado na vida deles, o que sonhavam. Ao ler seus diários, Erin apenas reforçou sua decisão de não desistir de seus alunos. Quando soube que a escola não emprestaria os livros aos alunos, arrumou um segundo emprego para poder comprar os livros para sua turma. Sem nenhum apoio da diretoria da escola ou de outros professores, resolveu agir sozinha, começando um terceiro emprego, para tentar conseguir recursos para viagens culturais.Depois de lerem “O Diário de Anne Frank”, a professora G pediu, como trabalho sobre a leitura, que escrevessem uma carta para Miep Gies, a mulher que havia protegido Anne Frank, falando sobre o que acharam do livro. Os alunos, empolgados, têm a idéia de realmente mandar estas cartas. Assim, eles mesmos angariam fundos para pagar todas as despesas que haveria. Foi estudando a história do holocausto que a turma 203 passou de guetos para uma única família sem preconceitos, onde se sentiam bem e felizes. Por isso ficaram muito abalados ao saberem que Erin não ensinaria a terceira nem a quarta série, que teriam outros professores.Por acharem que acabariam voltando a serem como eram antes, insistiram com autoridades da educação que a professora recebesse permissão para continuar a lecionar para eles. O que conseguiram, após muito esforço. Erin doou-se a sua causa pessoal, a melhora na qualidade ensino e nas relações entre professor e aluno, mudando a vida de todos, levando algum significado a suas existências.




Escritores da Liberdade


O filme “Escritores da Liberdade” e a função do pensamento em Hannah Arendt

por Raymundo de Lima

... Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!...  Martin Luther King – fragmento do memorável discurso "I Have a Dream", de 28/08/1963.

Todos somos atores de nossa vida, mas nem sempre podemos ter sua autoria. O pensar [e o escrever] favorece a autoria da existência.  Dulce Critelli, 2006.

Há muitos filmes americanos sobre escola, mas não como "Escritores da Liberdade". (Freedom Writers, EUA, 2007). Porque é o único filme dessa categoria que incentiva os alunos a lerem literatura, ponto de partida para testar a vocação de cada um para escrever dede um diário sobre o cotidiano trágico de suas vidas até uma poesia hip hop ou um livro de ficção. O valor desse filme também está na ousadia da linguagem cinematográfica mostrando os problemas psico-sócio-culturais que atingem a escola contemporânea; também porque ele dá visibilidade à diversidade dos grupos, com seu rígido código de honra, cada um no seu território, o narcisismo da recusa e da intolerância para com “os outros”, o boicote às aulas, a prontidão para aumentar os índices de violência entre os jovens e transformar a escola no seu avesso, isto é, uma comunidade bem próxima da barbárie, o que de fato vai acontecer em 1992, em Los Angeles, EUA.
O filme é baseado na história real de Erin (interpretada por Hilary Swank[1]), uma professora novata interessada em lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de adolescentes resistentes ao ensino convencional; alguns estão ali cumprindo pena judicial, e todos são reféns das gangues avessas ao convívio pacífico com os diferentes.
Como em outros filmes sobre turmas problemáticas, a professora Erin toma sua tarefa como um grande desafio: educar e civilizar aquela turma esquizofrênizada e estigmatizada como “os sem-futuro” pelos demais professores. Percebe que seu trabalho deve ir para além da sala de aula, por exemplo, visitando o museu do holocausto, possibilitando aos jovens saber os efeitos traumáticos da ideologia da “grande gangue” nazista, que provocou a 2ª. Guerra Mundial e o holocausto, e também reconhecer as semelhanças com suas “pequenas gangues” da escola. Nota: a palavra “holocausto”[2], referida no filme, é usada mais pelos judeus. E, “genocídio”[3] é o termo cunhado pelo Direito Internacional do pós Guerra. Ambas significam o ato racional de eliminação de seres humanos em escala inimaginável (conferir nota de rodapé).
O método da jovem professora consistiu em entregar para cada aluno um caderno para que escrevessem, diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos até problemas familiares e sociais. Também, instigou-os a ler livros como "O Diário de Anne Frank" com o propósito de despertar alguma identificação e empatia, ainda que os personagens vivam em épocas diferentes; a partir de eventuais encontros imaginários cada aluno poderia desenvolver uma atitude especial de tolerância para com o “outro”. Na vida real, os diários foram reunidos em um livro publicado nos Estados Unidos, em 1999, e terminaram inspirando o diretor Richard LaGravenese para fazer esse filme.
Formada em Direito, Erin se torna professora, desagradando seu pai e marido. No início, ela demonstra ingenuidade, timidez, curiosidade e determinação; sua vocação para o magistério vai se construindo conforme os desafios que ela encontra entre os alunos e ao lidar com a burocracia e o conservadorismo dos funcionários do sistema pedagógico da escola. Os judeus nova-iorquinos diriam que o diferencial de Erin é ela ter “chutzpah”: ousadia, garra, determinação, toma iniciativa, ir-à-luta. Os diversos obstáculos próprios de qualquer sistema escolar faz com que ela se sinta desafiada a fazer algo-mais.
Seu estilo não é teatral, tal como os professores protagonistas dos filmes “O triunfo”, “Sociedade dos poetas mortos”,“Escola da vida”. Também não é autoritária como “Meu mestre, minha vida”, e nem experimentalista como é o professor Ross, do filme “A onda”. Seu estilo pedagógico está para o ensaísmo apaixonado, romântico, humanista, mas sem perder de vista a racionalidade do propósito educativo. Primeiro, ela tenta “dar aula” segundo manda o modelo tradicional, que não funciona com alunos indiferentes ao propósito da escola eminentemente ensinante. Uma aluna questiona pra que serve aprender tal conteúdo abstrato considerado inútil para melhorar sua vida real; outro dirá que o fato de ela ser professora “branca” não é suficiente para ele respeitá-la. Cabe à professora ter argumentos consistentes que respondam essas questões imprescindíveis na escola contemporânea. No segundo momento, Erin faz o reconhecimento dos grupos de iguais (narcísicos), e, obviamente sente empatia com os excluídos. Terceiro, devolve aos alunos esse reconhecimento com um pensamento crítico, fazendo-osreconhecer, sentir e pensar sobre a realidade criada por eles próprios. Quarto, não os aceita na condição de vítimas reativas, e cobra-lhes responsabilidade por suas escolhas e seus atos de exclusão para com os diferentes. Ou seja, sua ação pedagógica é inovadora porque desperta a motivação dos alunos para expressar seus sentimentos, ler, pensar, escrever, e mudar a partir do reconhecimento como sujeito-de-sua-história.
Na concepção de Hannah Arendt, duas causas podem ter relação profunda com a crise da educação em nossa época: a incapacidade de a escola levar os alunos para pensar e a perda da autoridade dos pais e professores. Ambas fazem com que as crianças e adolescentes fiquem sujeitos à tirania de uma maioria qualquer (grupo social, tribos, gangs) e de um líder carismático ou populista. Portanto, o ato educativo de Erin é ao mesmo tempo político e ético, porque visa transformar alunos “não-pensantes”, “incivilizados”, “não-humanizados”, em seres humanos que podem exercitar o pensamento crítico sobre a realidade e seus atos; suas propostas de dinâmicas com os grupos leva-os a rememorar situações e rever suas posições na história de cada um, podendo até criar em cada aluno uma nova ética que melhor orienta seus gestos e palavras para evitar magoar o seu próximo. As dinâmicas e debates em sala de aula desmarcaram o recorrente discurso vitimista desses grupos, que tendem ao comodismo da sua desgraça, e ao mesmo tempo projeta no outro a responsabilidade pela sua própria irresponsabilidade ou fracasso como sujeito-cidadão no meio social. É preciso que cada qual se responsabilize e se comprometa “fazer sua parte”, ou como diz a velhinha que abrigou Anne Frank: “fazer a coisa certa” ou ética, como uma pessoa comum, anônima, e representante do que é ser civilizado.
Uma educação que não exercita o ato de pensar, com todos os seus riscos, além da própria ausência de pensamento, tem como efeito o não comprometimento, o não tomar decisões, ou não se responsabilizar por elas. “A tarefa fundamental do pensar é descongelar as definições que vão sendo produzidas, inclusive pelo conhecimento e pela compreensão e que vão sendo cristalizados na história. A tarefa do pensar é abrir o que os conceitos sintetizam, é permitir que aquilo que ficou preso nos limites da sua própria definição seja liberado. É livrar o sentido e o significado dos acontecimentos e das coisas da camisa-de-força dos conceitos” (CRITELLI, 2006, p. 80).
É preciso, portanto, criar dispositivos – como ler, escrever, falar elaborado – que “operem como obstáculo para que aqueles que não se decidiram a ser maus não cometam maldades” (CORREIA, A. 2006, p. 50). Conforme diz Arendt: “os maiores malfeitores são aqueles que não se lembram porque nunca pensaram na questão, e, sem lembrança, nada consegue detê-los[...]. O maior mal não é radical, mas possui raízes, e, por não ter raízes, não tem limitações, pode chegar a extremos impensáveis e dominar o mundo todo”, como foi a trágica experiência dos regimes totalitários, o nazi-fascismo e o stalinismo.
Para alguns, é insuficiente o(a) professor(a) apenas “fazer sua parte”, visto existir um mundo para além dos limites de sua sala de aula. Mas, a lição da professora do filme está em “fazer-bem-sua-parte” exatamente no ponto nevrálgico e temporal que é aeducação: ser um ato civilizatório entre o passado e o futuro. Diz ela: “A tarefa da educação é justamente a de apresentar o mundo às gerações do presente, tentando fazê-las conscientes de que comparecem a um mundo que é o lar comum de múltiplas gerações humanas. Ao conscientizá-los do mundo a que vieram, estas deverão compreender a importância de sua relação e ligação com as outras gerações, passadas e vindourasTal relação se dará, primeiro, no sentido de preservar o tesouro das gerações passadas, isto é, no sentido de a geração do presente tomar o cuidado de trazer a esse mundo sua novidade sem que isso implique a alteração, até o irreconhecimento, do próprio mundo, da construção coletiva do passado” (apud FRANCISCO, 2006, p.35).
Tal posicionamento pedagógico-político-ético da função docente deve ser marcado pela sua autoridade, sensibilidade, e senso de inovação, que ao ser testado na realidade cotidiana da escola costuma pagar um preço em forma de resistências, incompreensões e críticas maldosas. Assim posicionado nesse tripé é que o docente pode tanto se defender dos ataques de fora como resistir às frustrações advindas do seu próprio trabalho. Também, a partir desse estilo ela pode melhor se preparar para evitar cair no criticismo raso dirigido ao sistema, como forma única de luta; ou seja, a experiência tem demonstrado que muitos na escola e na universidade usam de verbosidade sem ação, não se comprometem de corpo e alma testando táticas inovadas de lutas (no sentido da esquerda política) visando melhorar a qualidade do ensino; outros ficam esperando que o governo ou dono de escola tomem iniciativas, ou autorizem (o)a professor(a) fazer algo inovador no seu trabalho docente no sentido de reverter o baixo rendimento dos alunos, por exemplo.
Que cada professor(a) faça diferença no seu ato de ensinar. O ensino regular visa levar os alunos aprenderem os conteúdos programados pelos currículos. Contudo, não se pode ensinar sem incluir também uma mudança educativa. Um ensino sem educação para o pensar é vazio de sentido prático e existencial. Uma educação sem aprendizagem dos conteúdos também é vazia e tende a degenerar em retórica moral e emocional. Ensinar e educar implicam em responsabilidades: pedagógica, política e moral, dentro e fora da escola; implica, ainda, na responsabilidade do coletivo[4] do professorado de civilizar a nova geração que irá povoar o mundo.
No dizer de Arendt (1989) “A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para expulsá-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum”.
Nós, professores e professoras, devemos assistir ao filme “Escritores da Liberdade” por várias razões: para que possamos inovar o ato de ensinar adequado à realidade cultural dos alunos; para que, além de ensinar, também possamos adotar uma atitude de pesquisa-ação com os grupos que se formam em sala de aula e na escola, quase sempre atraídos pela semelhança formando grupos narcísicos, cujo sintoma visível é a intolerância para com os demais; para que aprendamos a acolher e contextualizar as situações de vida dos alunos com as de outras vidas relatadas pela história da humanidade – que, através de um diário ou redação qualquer eles aprendam a significar suas histórias com outras histórias; para que os professores do nosso Brasil se empenhem mais-e-mais em ler literatura, porque só podemos cobrar dos alunos esse hábito se nós também nos habituamos a ler, isto é, se ler e compreender[5] já fazem parte de nossa virtude pessoal. (aquele que lê e compreende tem maior probabilidade de escrever suas próprias narrativas); para que os professores façam autocrítica sobre o quantum de paixão (ou libido) têm pelo trabalho com os alunos não deve necessariamente implicar a sua desatenção (ou desapaixonamento) para com os seus próximos: marido, esposa, filhos, etc.
Bom filme pra todos!!!

Filme: Escritores da liberdade (Original: Freedom Writers) País: EUA/Alemanha - Gênero: drama.  Classificação: 14 anos. Duração: 123 min. Ano: 2007. Direção: Richard LaGravenese . Produção: Danny DeVito, Michael Shamberg, Stacey Sher. ElencoHilary SwankPatrick DempseyScott GlennImelda StauntonApril Lee Hernandez, Mario, Kristin HerreraJacklyn NganSergio Montalvo, Jason Finn, Deance WyattVanetta SmithGabriel ChavarriaHunter Parrish, Antonio Garcia.
Sinopse: Hilary Swank é uma professora novata que tenta inspirar seus alunos problemáticos a aprender algo mais sobre tolerância, valorizar a si mesmos, investir em seus sonhos e dar continuidade a seus estudos além da escola básica. Também ela é ousada ao enfrentar os grupos formadores de gangs em sala de aula, levando-os a pensar sobre a formação e ideologia dos próprios.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Dicas para um currículo campeão


Os Erros Mais Comuns Numa Entrevista de Emprego - Escola Técnica


Quais perguntas podem ser feitas na entrevista de trabalho


Entrevista de emprego: as armadilhas que podem derrubar o entrevistador

A jornalista Inácia Soares provoca: existem armadilhas que podem derrubar os entrevistadodores diante de candidatos a uma vaga de emprego que são experientes e que ensaiam as respostas? A psicóloga Perciliana Vidal responde e faz alertas aos gestores e psicólogos que atuam em processos de seleção.

entrevista com estagiario


David Portes - O maior motivador do mundo!

David Portes é considerado o maior especialista em marketing e vendas do Brasil, reconhecido internacionalmente por suas ideias mirabolantes. Seu talento já foi citado inclusive pelo grande nome do marketing mundial Phillip Kotler. Com inumeras palestras realizadas no Brasil, E.U.A e no Japão. 
Em 2006 David, conseguiu a façanha de ser indicado ao prêmio de melhor palestrante de marketing & Vendas do mundo, concedido em New York pela World Confederetion of Businesses.

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O Sucesso - O Segredo - Poder da Mente - Will Smith


11 Coisas Que a Escola Não Ensina - Bill Gates.wmv


Eu quero um professor destes!




Ser professor é padecer no paraíso?


terça-feira, 19 de junho de 2012

Historias de Professores


Histórias de um cotidiano rico de experiências humanas. São estas histórias, escritas por professores da rede estadual, que estão aqui reunidas, tiradas da publicação "O professor escreve sua história" (Abrevlivros/FDE/Unicef-1997).

Um total de 2.637 professores, em escolas de mais da metade dos 600 municípios paulistas, participou do concurso que selecionou 50 histórias em 1997. Ora engraçadas, ora tristes, reflexivas, ou cheias de perplexidade, elas contam pedaços da história da educação no Estado de São Paulo, no fim do século XX.

Emocione-se nesta viagem.
   Histórias
Descrição: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/images/caf/ar_caf.gif
Letra A
A chamada - Prof ª. Edna Mara Araujo Gonçalves
"O professor duvidou de si mesmo. Pensou em consultar o horário, mas lembrou-se de que não costumava trazê-lo consigo. Decidiu estranhar aquela balbúrdia (..) e bradou em tom de alto-falante de estádio: - Até hoje vocês não sabem do horário?"
Aos discípulos de Sócrates - Prof. Carlos Michaelis Junior
"Oh, discípulos de Sócrates. Mostrem que de dentro desta força criativa brota a razão que pode transformar o mundo, pois o mundo é belo e puro. Imundo é a negação do mundo e dos homens da terra!"
Aula de Português - Prof . Nelson Viana dos Santos
"Aquele frio aço envelhecido que guardava objetos conhecidos: algumas gramáticas marcadas pelo uso, giz, apagador, os diários do ano... Involuntariamente lembrou-se do poema de Drummond. Quisera ter aquele aço na alma para não sofrer como vinha sofrendo nos últimos dias."
Azul real lavável - Prof ª. Ana Maria Stuginski de B. Camargo
"O meu céu seria azul real lavável. Dois adjetivos para o céu. E, na certa, a professora iria gostar. Ela gostava sempre que escrevêssemos com aquela cor. Dizia que o azul daquela tinta era o nosso céu."

Letra B
Brasa Sob as Cinzas - Prof . Manoel Martins da Silva
"As mãos que trabalham no corte da cana-de-açúcar e na colheita da laranja durante o dia podem, à noite, despertar a consciência, monstros bispos em lantejoulas coloridas ou embarcações em palitos de fósforo."

Letra C
Carta perdida - Prof ª. Valéria Bianchin Martin
"Ao terminar de ler, me arrependi pela indiferença a essa linda declaração de carinho. Muitas vezes, o corre-corre do cotidiano nos impede de sermos mais humanos, de valorizar gestos que nos fazem perceber que amamos e somos amados. Gestos que dão mais cor a nossas vidas."
Cleberson - Prof. José Antonio Breviglieri
"...é porque saber ou não saber uma simples operação matemática não alterava em nada suas vidas. O que dizer de Camões, então? O que significaria para eles a tragédia do gigante castigado por Zeus apenas porque se apaixonara por Tétis?"

Letra D
Desapontamento Periférico - Prof ª. Hurda Irene Perciani Latorre
"Mas, a inspetora de alunos entrou... Seu grito desaprovador ecoou estridente ao notar cascas e sementes atiradas ao chão. A criança assustou-se; porém, estava muito feliz e, indiferente, pôs-se a cantarolar. De repente, um estalar de mão em seu pequenino rosto a fez chorar sentida."
Deusimar - Prof ª. Claudete Campos Moreira Lunardi
"Foi num dia desses que apareceu a Deusimar, assim, do nada. Bonita era porque era criança e não existe filhote feio. Digamos assim: Ninguém nunca se lembraria dela para um comercial da Parmalat..."
Diário de Classe - Prof ª . Erika Alice Furtwaengler
"Número 2. Carlos! - Presente.(Como será esse?) Número 3. Daniel! - Presente.(Aluno novo, olhos espertos, deve ser bom.) Número 5. Domício! Domício? -...(Não veio. Já faltando?)...""
Doce Engano - Prof ª . Floripes Soares dos Santos
"Foi assim que reconheci esses olhos azuis. Seu pai, um pedreiro, fizera parte dessa classe de Mobral. A minha primeira turma. Quantas lembranças me vêm à mente. Que saudade, seu Antônio, daquele tempo. Quem diria, eu conheceria seu filho. E que peça nos prega o destino."
  
Letra E
Encontro - Prof ª. Lúcia Regina Ibanes Insaurralde
"Rios rutilantes são rotas ... (?) Não! Não! Não! O exercício era de poesia. Poesia compulsória aplicando figuras de linguagem: 'Aplique, num verso, aliteração e metáfora.' Exercício para entregar! Para ponto."
Escola Fazenda Brasil - Prof . Claudio A. C. Errerias
"O sor diz que eu faço parte da humanidade, e que a humanidade faiz parte de eu, diz tomém que a humanidade é boa mais tomém é ruim, e que ela é quem faiz o conhecimento..."

Letra F
Fatos e Sonhos - Prof ª . Edina Ap. de Freitas Oliveira
"A menina chora ainda mais: seus pais estavam se separando e a mãe não queria deixá-la ver o pai. E agora, professora? O que dizer? Você pensa que lecionar é só ensinar gramática e interpretação de textos?"
Força comunitária - Prof ª . Denise Falci
"Até que, por uma dessas coincidências providenciais, dois jovens idealistas se uniram com toda a força de trabalho: o novo prefeito e o recém-empossado diretor. Começaram por formar um Conselho Comunitário."

Letra G
Gasta Sabedoria - Prof ª. Regina Maria Murador
"Trim-trim-triiimmm!!! É dia de "capacitação" na escola. Mas aqueles meninos não aprendem. E a entrevista de ontem? Onde será que aquele doutor estudou? - Precisamos aproveitar o tempo. Vamos primeiro fazer a leitura destes documentos e depois responder a este questionário. Reflitam!"
  
Letra L
Lé Com Lé, Cré Com Cré - Prof ª. Maria Cristina de Campos
"Ao todo eram sete: três rapazes jovens, duas mulheres já maduras e dois senhores de meia-idade. Como voluntária no programa de alfabetização, fui designada para lecionar na zona rural e tive assim um grande começo naquele universo de verdades muito concretas..."
Lição de Simplicidade - Prof ª. Maria Joaquina de C. V. Bigarelli
"Santinha, professora leiga que dava aulas havia muito tempo, (..) achegou-se e disse com toda a sua simplicidade que dar aulas não era aquele "perrengue todo não": bastava descer até o nível do aluno e ir, junto com ele, subindo devagarinho."
Louvor a Heróis-meninos - Prof ª. Maria Leane Aravechia
"No quadro-negro, aguardava-nos sereno "O cavalinho branco", de Cecília Meireles. Pequenos respingos descoraram a forma de algumas palavras, mas não lhes feriram o encanto e a infinitude. Inseridas em versos delicados, elas acalmavam nossas almas e nos convidavam a aprender e ensinar."

Letra N
Normalidade - Prof ª. Ana Lúcia Pinedo dos Santos
"Tudo para aqueles típicos espetáculos de Normanda. Sempre que convidada a responder ao que lhe era mostrado à lousa, criava coragem no instante de sua maior dúvida - tudo talvez girasse na incógnita de seu ser."
Nossa Língua: Materna ou Madrasta? - Prof ª. Vania Leite Soares
"A professora me olhou, sorriu e disse que aquela era a maneira correta e que eu deveria ensinar ao pessoal de casa, assim eu praticava a norma culta. "Norma culta", pensei... Bom, deixo assim; ouço essa tal de norma aqui, e falo o meu português lá fora."
  
Letra O
O Episódio da Bolsa - Prof ª. Silvana Vairoletti
"Eu ainda não tinha em mãos o meu diploma de professora quando entrei naquela sala de aula, e deparei com um grande desafio: não apenas ensinar, mas enfrentar um grupo de alunos numa escola de periferia, com olhos assustados, querendo assustar."
O índio - Prof. Edson Rodrigues dos Passos
"Era um índio mesmo. O desespero tomou a alma da pobre mulher; andava de um lado para o outro, olhava a ficha do novo aluno silvícola, ia até os professores, chamava dois ou três, contava-lhes, voltava à sala, (..) até que teve uma idéia: pesquisaria na biblioteca."
Onde Está João? - Prof ª. Vania Aparecida Piva
"Converso com os colegas sobre como agir, como trazer João de volta. Ninguém parece saber a resposta. Peço trabalhos sobre o tema das drogas. Converso com João sempre que o vejo. De repente, entro em minha sala de aula, meu olhar corre apressado, mas não o encontra. Onde está João?"
 Letra P
Paixão - Prof. César Sátiro dos Santos
"Só agora, passados tantos anos, posso avaliar a intensidade da paixão que vivi. Era um professor experiente e, muito embora pressentisse a possibilidade do fato, não pude prever nem dar-me conta de que acabara de começar."
Passagens do Professor João Câncio - Prof . José de Jesus Cordeiro Andrade
"Educador não pode surgir meio nu, meio vestido em colégio. "Atenção, sou o professor João..." O grupo estaca. "Rá! Esse não é do pedaço", retruca a mesmíssima mocinha morena e líder. "Pega ele!" Desesperado, o homem desfere murradas. Eles são pequenos, ele abre brecha. Tropel."
Passível - Prof ª. Luciana Velo do Amaral
"A questão emergiu quase em súplica. "Mas, e eu?" Não houve resposta, sequer um olhar. Estava acostumada a perder. Uma menina de seis anos acostumada à perda. Procurou, nada. Só. Seguiria resignada rumo à escola."
Percepção - Prof ª. Solange A. Cavalcante dos Santos
"Era de fazer Roman Polansky se emocionar, e tudo o que queriam era que eu os dirigisse e lhes explicasse o que era o busto de Minerva do poema. Fiquei envergonhada com minha insensibilidade. Deus, eu era um monstro."
Poder de Transformação - Prof ª. Osni Lourenço Cruz
"Refleti sobre o PODER DE TRANSFORMAÇÃO que o professor possui. Não metal em ouro, como queriam os alquimistas, mas no poder de transformar um ser vazio em um homem pleno de conhecimentos, capaz de entender, criticar e mudar a sua realidade."
Poesia Prá Lá de Moderna - Prof . Patryck Araújo Carvalho
"Vou fazer uma poesia pra lá de moderna, onde haja escola rimando com cidadania, professor rimando com respeito, aluno rimando com feliz."
Professora, Adeus - Prof ª . Demarice S. de Paula Vargas
"Olhos inchados, vermelhos, se despedem de nossa guerreira professora. Enquanto se despedem, penso: 'Será que o coração da amiga não enfartou diante de tantas decepções?'."
Provas e Devaneios - Prof ª. Marli Teixeira Conte
"...o sinal vai levar-me desta para a outra realidade: a minha vida, meus temores, meus anseios. (..) Nem sei definir se é bom ou não hoje ser dia de provas, em todas as salas. Dia de pouco falar, pouco explicar, dia de ter tempo para encontrar-me comigo mesma. Prova também para mim..."

Letra Q
"Quando se vê sem enxergar" - Prof ª. Luzia Aparecida Barion Ferrarezzi
"A mulher, simplória, disse ipsis litteris: "Fessora, faiz o Tião vê as coisa do mundo". Fácil, se não fosse o caipirinha cego por nascença. Sem recursos pedagógicos, desfiz-me em instintos e invulnerabilidade para vencer tal provocação."
Querida Marô: - Prof ª. Rosalina Antunes Fujarra
"Depois que o tempo passa, as coisas que pareciam tão tristes, quase trágicas se transformam e é muito divertido recordar-se do aluno que criava uma rã e eram inseparáveis. O nome da arruaceira e catastrófica gia do nosso rapaz era Cleópatra, você ainda se lembrava desse detalhe?

Letra R
Remember Santoro - Prof . José Carlos Mendes Brandão
"Quem se lembra do professor Santoro? Eu tenho vergonha de me lembrar tão pouco do Santoro.(..) Não posso fazer nada e só posso sentir vergonha. Um grande pesar e um nó na garganta, um sentimento de incapacidade de ação que estrangula."
Reminiscências - Prof ª. Maria Ancila Jacon
"A cada erro, o escárnio. O prazer que eu via nos olhos dela assustava-me. Mudou-me para a fileira B. Até hoje ouço o som das risadas das crianças enquanto recolhia meus pertences. Ela incentivava nos alunos o desprezo pelos que erravam."

Letra S
Sem título - Prof. Antonio Carlos da Silva
"Vi-me a acenar lá do alto, gestos largos, solenes de doer. Gritava obrigado, obrigado. Pelotão desalinhado, balizas num sem jeito só, um cheiro de improviso em tudo, mas era a homenagem que podiam prestar ao professor."
Sem título - Prof. Antonio Fernando Torres
"- Sô Chaim, o senhor veio hoje?... Caramba, outra vez! Todo dia a mesma pergunta (..). É a loirinha Zilda, liderando mais uns dez da quinta A, ali no ponto conferindo se a jardineira traz o sô Chaim, quem sabe uma folga no horário, sair mais cedo, ou só por nada."
Sem título - Prof . Edison Pereira
"- Ah! professor, por que você veio?
Do portão da escola até a sala de aula, quando finalmente se conformam com nossa presença, esta é a frase com a qual eles nos recebem."
Sem título - Prof ª. Leila Marisa de Souza Lima Silva
"Há momentos que valem uma eternidade e eu estava vivendo o meu instante mágico de paixão, de amor, de desejos, de silêncio. Para quem contar? Quem iria entender? Uma professora e seu aluno apaixonado?"
Sem título - Prof ª. Lígia Marília Fornari
"Choque, espanto, indignação. Isso foi há quase vinte anos. A menininha da quinta série, que então me perguntava sobre minha atividade profissional, já deve ser mãe de família, e espero que seja tudo, menos professora."

Sem título - Prof ª. Maria Tereza Messa Azevedo
"Tinha quatorze anos e um sonho: ser uma professora de ginásio. Nos anos 60 o professor ainda era uma figura respeitada e tinha orgulho de sua profissão. Portanto, para a menina, ser professora era um sonho mas ela não via a mais remota chance de realizá-lo..."
Sem título - Prof ª. Vera Lúcia dos Anjos Prado
"Era excelente na área de Humanas e regular em Exatas. Tinha uma grande paixão: os livros. Amava-os. Devorava-os. Gostava muito de escrever. Quando tinha aula de redação, eu me realizava. Sonhava um dia tornar-me escritora e achava que na escola estaria o começo."
Sem título - Prof ª. Waldizia Moniz
"Ele não perdia uma aula. Dia após dia encontrava uma maneira nova de me provocar, gritando, assobiando, caindo da cadeira, tendo acessos de riso. Meus livros eram constantemente escondidos pelo Bertoldo. Apareciam sempre dias depois nos lugares mais estranhos."

Letra U
Um pé na África e o coração também - Profª Ana Maria da Costa
"Fazia mais ou menos uns quatro meses que eu estava em Maputo, capital de Moçambique. Por algum tempo, andei vazia e estrangeira pela minha terra. Para encontrar algum sentido, mudei de país."
Uma Flor Para a Professora - Sonia Aparecida Menegaz Thomaz de Aquino
"Começou a aula. Marilda notou que o Tonho não tinha vindo. No dia anterior também não viera. Isso a deixava triste. Sempre que começava a roçada, alguns alunos deixavam de freqüentar a escola, tinham que ajudar os pais."
Uma História Circular - Prof ª. Vera Lúcia Portilho Nicoletti
"Texto difícil, dizem alguns; complicado, retrucam outros. Um texto diferente que, de quebra, nos quebra. Dou um tempo para a leitura. A classe, confusa, parece não entender o texto. É difícil ler Guimarães Rosa, diriam vocês. Eu lhes diria difícil, poético, profundo."
Uma história como poucas - Prof ª. Alzira Gonçalves da Silva
"Era isso!... Palavras. Quando comunicou sua decisão de ir para a escola pela primeira vez, aos 12 anos, o pai enfezou, os irmãos riram e a mãe chorou por todas aquelas reações."
Uma quase eterna luta - Prof. Carlos Antonio Lourival de Lima
"Já no primeiro bimestre eu notara a presença inquietante daquele aluno. Para tudo que era solicitado, ele virava de um lado para o outro, balbuciava guturalmente qualquer coisa, dava tapinhas na carteira e dizia pra si mesmo: 'nada a ver'."
tra V
Vidinha de Professor... - Prof . Pedro João Bérgamo
"O cavaleiro, então. Nem cavaleiro, nem boiadeiro de profissão; nem peão. Levava preso às argolas misturança: comida, café, cadernos, livros, giz. No bate-que-bate ritmado da alimária assentava seu mundo de esperanças."


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I9life Gobal

I9life Gobal  "Vêem fazer parte dessa empresa"! Cansado de ter que cumprir horário no trabalho? Ou de não receber aquilo qu...