segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

De faxineiro a professor universitário


De faxineiro a professor universitário
Rachel Sciré
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
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De faxineiro a professor universitário










“Não podemos subestimar as oportunidades. Às vezes, achamos que a vida
nos abriu uma janelinha, mas na verdade é uma grande porta.
” É assim que Ednei Francisco Monteiro, 36, encara os desafios do dia a dia.
Em quatro anos, ele passou de faxineiro a professor na Universidade Metodista.

Em 2001, Monteiro foi demitido de uma empresa de alimentos,
onde trabalhava na área de vendas e merchandising.
Por meio de um conhecido, ficou sabendo que a
Universidade Metodista estava recrutando pessoas para o setor de higiene.
“Sem pretensão, fui até a faculdade saber mais sobre as vagas e acabei
conversando com o próprio chefe do setor de limpeza e manutenção”, lembra.

Depois de participar do processo seletivo, Monteiro foi chamado para
começar a trabalhar em janeiro de 2002.
 “Quando soube que quem trabalhava na instituição tinha direito à
bolsa de estudos, foi a realização de um sonho. Sempre tive vontade
de cursar Ensino Superior. O emprego caiu como uma luva”, conta.

Monteiro abraçou a oportunidade, encarando aquele emprego
como outro qualquer. “Analisei a questão da bolsa de estudos e
percebi que teria ainda mais benefícios. Assumi aquela profissão
com toda vontade mesmo.” Preconceito, ele conta que sofreu
apenas por parte de alguns antigos colegas de trabalho,
mas sabia quais eram os seus objetivos – batalhar e estudar.
“Trabalho desde os 16 anos e com certeza aquele foi o melhor
emprego que eu tive na minha vida”, afirma.

De faxineiro a professor universitário


































Desenvolvimento gradativo – Monteiro era aluno do curso
de Administração de Empresas, quando participou de uma seleção
interna para atuar no departamento de Comunicação Visual da Metodista.
Ele conta que, antes mesmo de ter o resultado do processo seletivo,
gostava de ajudar e se oferecia voluntariamente para trabalhar no setor.

Em um ano, Monteiro mudou de área e começou a trabalhar com
a montagem e fabricação de banners, a produção de materiais
institucionais e de cartazes para divulgações no campus.
Mas foi em 2006 que passou a conviver com os alunos.
“Os professores davam atividades para montar peças publicitárias,
de merchandising. Como alguns estudantes não tinham
tanta habilidade com os materiais e processos, passei a orientá-los”, diz.

Foi então que surgiu um convite para dar uma aula para a turma,
ação que acabou se tornando rotina. Na sequência, Monteiro
recebeu um convite para ministrar o curso de Marketing à distância,
como professor tutor voluntário. Para aproveitar a oportunidade,
resolveu cursar pós-graduação em Marketing, em 2008,
também com bolsa de estudos integral.

No mesmo ano, deixou de ser voluntário e foi contratado
como professor auxiliar de Ensino Superior.
Como docente, ele pretende dar um passo maior,
tornado-se professor temático (que dá aulas em uma área específica).
Para isso, já está planejando um mestrado em
Administração de Empresas, em 2012.

“Teve uma época, quando eu dava treinamentos em merchandising,
que me interessei pela docência. Então já existia uma vontade de
virar professor. Foi muito legal como, ao longo de um processo,
consegui alcançar meus objetivos."

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